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Trabalhadores negros têm mais dificuldade de entrar no mercado de trabalho

18 de junho de 2008 / Ver outras notícias: Ver todas

As mulheres negras enfrentam maiores dificuldades de encontrar emprego que os demais trabalhadores brasileiros e, quando conseguem uma vaga, trabalham mais, quase sempre sem carteira assinada, e ganham menos que outros segmentos.

A afirmação foi dada por Lilian Arruda Marques, assessora do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos [Dieese]. No mesmo sentido, Luiz Alberto de Vargas, juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, apontou preconceito ‘arraigado na cultura do país’ de que o trabalhador branco é melhor do que o negro.

Ambos participaram de audiência pública realizada na quarta-feira [30], na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal [CDH]. Ao discutir a situação dos negros no mercado de trabalho, Lilian Marques citou dados de estudo do Dieese mostrando que a taxa de desemprego entre a população negra chega a ser, em algumas regiões metropolitanas, 46% maior que o índice verificado entre os não-negros, sendo esse um problema ainda mais acentuado entre as mulheres negras.

A diferença de remuneração também foi apontada pela assessora. Na região metropolitana de Salvador, exemplificou ela, o rendimento por hora dos negros [R$ 4,07] equivale a 50,3% do rendimento dos não-negros [R$ 8,09] e, em São Paulo, o ganho por hora dos primeiros [R$ 4,26] é de 53,3% em relação aos últimos [R$ 7,99].

A concentração do negro nas faixas de menor escolaridade também foi destacada por Lilian Marques. Conforme observou, faltam políticas para manter esses estudantes na escola.

Ao concordar com a assessora, Luiz Alberto de Vargas observou que a dificuldade de acesso à educação coloca a população negra em desvantagem na corrida por um emprego, sendo necessária, disse, uma ação mais firme do Estado para superar o problema.

“A desigualdade é o principal problema do país, o que justifica a adoção de medidas afirmativas, como a política de cotas para negros, por exemplo”, afirmou o juiz Luiz Vargas.

Fonte: Agência Diap


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