No dia 30 de novembro de 2019, o Sindissétima enviou Francisca Grazielle Carneiro Gonçalves e Kelma Lara Rabelo como representantes das servidoras do TRT 7ª Região no Encontro Nacional de Mulheres do PJU e MPU que ocorrera no Hotel San Marco, em Brasília, das 8h30min às 22h.

O encontro teve início, pela manhã, com a apresentação do Painel “Conjuntura, relações de trabalho e atuação política e sindical da mulher” cuja discussão foi trazida pela economista, mestre em Economia Política pela USP/SP, doutora e pesquisadora do CESIT/IE – Unicamp, membro do Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização e pesquisadora na área de relações de trabalho e gênero, Marilane Teixeira, e pela Assistente Social, professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Espírito Santo e militante do Movimento de Mulheres em Luta, Juliana Iglesias Melim.

Nesse momento foram debatidos temas como: a crescente participação feminina nos quadros de pessoal do PJU e do MPU com as desigualdades de gênero ainda enfrentadas; bem como o protagonismo da mulher no âmbito sindical, permeado pelo preconceito, consequência da preponderância masculina neste meio.

Após, as participantes do encontro foram brindadas com uma belíssima apresentação artística de MC Debrete – Poetisa, autora do livro “Cartas para NegraLua”, vocalista do África Tática e arte-educadora no Projeto “Poesias nas Quebradas” com a declamação poemas de sua autoria, que representavam um misto de realidade diária feminina e emoção.

Já o período vespertino foi introduzido por uma “Vivência” trazida por Damelis Castilho, uma cantora e compositora venezuelana, que também é poetisa, arte-educadora e defensora dos Direitos Humanos. Em forma de ciranda e entoando cantigas, as mulheres participantes estiveram reunidas num momento bastante singular e significativo.

Em seguida, o segundo (e mais intenso) Painel do encontro “Violência: do Assédio ao Feminicídio”, passou a ser discutido por Danieli Christovão Balbi, transexual, professora de Comunicação e Realidade Brasileira na UFRJ, Doutora em Ciência da Literatura Comparada pela UFRJ e ativista social, seguida pela Educadora da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro no Complexo da Penha, Coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ e membra da Executiva Nacional do Movimento de Mulheres em Luta e da Executiva Nacional da CSP – Conlutas, Samanta Guedes.

Aberto o debate, após as explanações das palestrantes, várias participantes fizeram uso da palavra para relatar suas experiências pessoais de violência sofrida tanto no âmbito das relações domésticas quanto das relações profissionais – momento de grande comoção e de demonstrações de sororidade.

Por fim, as participantes se dividiram em grupos de trabalho para discussão e posterior apresentação acerca dos temas que compuseram o encontro.

 

Sobre os Encaminhamentos, segue matéria própria da Fenajufe:

Após longos debates, as trabalhadoras do PJU e MPU encaminharam algumas propostas. Sobre  gênero e raça, as servidoras propuseram que a Fenajufe viabilize a implementação urgentemente o coletivo de mulheres, para execução das decisões do X CONGREJUFE e análise dos encaminhamentos discutidos neste encontro, indicando aos sindicatos da sua base, e que nas delegações para os eventos da Fenajufe seja observada a paridade de gênero e raça.   

Outro encaminhamento é que a entidade oriente os sindicatos a informar a população sobre a destruição dos serviços públicos, sob a batuta do governo Bolsonaro. Um espaço de acolhimento, assessoria jurídica e acolhimento psicológico nos sindicatos e tribunais, em casos de assédio moral, também fizeram parte das reivindicações das servidoras. Entre outros encaminhamentos aprovados apontaram a realização de curso de formação anual com temáticas que dizem respeito às mulheres.

Para mais detalhes do evento, confira também a matéria da Fenajufe clicando AQUI.

Texto elaborado por Grazielle Gonçalves e Kelma Lara com informações da Fenajufe e fotos de Sindicatos parceiros.

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