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Aproximadamente sete em cada dez brasileiras com mais de 50 anos não usam camisinha com parceiros casuais, o que tem tornado as mulheres desse grupo mais vulneráveis à contaminação pelo vírus HIV. A constatação faz parte da pesquisa de comportamento sexual dos brasileiros, realizada no ano passado pelo Ministério da Saúde e divulgada hoje (13). Nos últimos dez anos, a ocorrência de aids entre as mulheres com mais de 50 anos triplicou. Somente em 2006, foram identificados 1,8 mil entre essa parcela da população.
De acordo com o ministério, a dificuldade para negociar o uso do preservativo com o parceiro aliada à falsa percepção de que as mulheres acima dos 50 anos estão imunes ao vírus são os principais fatores que explicam essa realidade. Para essa geração, camisinha estava associada à prevenção de gravidez, aponta o documento.
O estudo revela, ainda, que mais da metade dessas mulheres (55,3%) é sexualmente ativa. No entanto, o uso regular da camisinha nas relações casuais faz parte da rotina de apenas 28% delas. Já entre os homens nesse mesmo grupo etário, o índice sobe para 36,9%. Na média da população com mais de 50 anos, o uso do preservativo nesse tipo de relação sexual é verificado em 34,8%, proporção inferior à verificada entre o grupo de 15 a 49 anos (47,5%).
Dados do Ministério da Saúde revelam que, a cada ano, são identificados mais de 35 mil casos de aids no país. Em cerca de 40% das ocorrências, o diagnóstico é feito de forma tardia, o que, segundo o ministério, retarda o acompanhamento e compromete ainda mais o estado clínico do paciente.
Estima-se que, pelo menos, 255 mil brasileiros estejam infectados pelo vírus da aids e ainda não tenham feito o exame.
Fonte: Agência Brasil
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