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Na manhã desta segunda-feira [10], em Porto Alegre, o ministro da Justiça, Tarso Genro, recebeu os coordenadores da Fenajufe Cláudio Azevedo, Zé Oliveira [ambos da direção do Sintrajufe/RS] e Valter Nogueira [do Sisejufe/RJ]. Na pauta da audiência, a PEC 358/05, o recesso no Judiciário Federal e o deslocamento das Varas Trabalhistas no Rio Grande do Sul.
Recesso
Os coordenadores da Fenajufe relataram a preocupação da categoria sobre o recesso no Judiciário Federal e explicaram que a Federação e os sindicatos representativos dos servidores querem uma solução que atenda a todos os interessados. Os dirigentes explicaram que isso seria alcançado com a rejeição, pelo Senado, do substitutivo do senador Pedro Simon [PMDB-RS] ao PLC 06, e com a aprovação do projeto original da Câmara dos Deputados, de autoria de Mendes Ribeiro Filho [PMDB-RS]. A sugestão dos advogados de suspensão de prazos e audiências de 7 a 20 de janeiro seria discutida em uma outra proposta.
Tarso disse que discutiria essas alternativas com o secretário nacional da Reforma do Judiciário a partir dos documentos encaminhados pela Federação. No dia 6 de agosto, em contato telefônico com o Sintrajufe, Rogério Favreto disse que está trabalhando na elaboração de uma proposta que atenda a todos os interessados.
PEC 358
A PEC 358/05, que altera alguns dispositivos da Reforma do Judiciário, tramita na Câmara dos Deputados e já deixou de ser votada algumas vezes, por não haver consenso em alguns pontos. Em relação à organização da polícia administrativa do Judiciário, o Ministério da Justiça demonstrara reservas com a criação de uma estrutura que poderia conflitar com as atuais atribuições da Polícia Federal. Cláudio Azevedo explicou ao ministro Tarso Genro que não existe essa possibilidade. A proposta não se insere no capítulo da segurança pública; ela altera o artigo 96, alínea b da Constituição, que trata da administração dos tribunais, ressalta o coordenador da Fenajufe.
Após a exposição dos dirigentes, o ministro disse que dará apoio à proposta, pois não vê impedimento. Segundo ele, a criação de um instrumento interno de segurança do Poder Judiciário garante o princípio da isonomia institucional entre os poderes. Tarso afirmou que não tem objeção e que o Ministério da Justiça não fará destaques nesse ponto.
Na avaliação de Cláudio Azevedo, o resultado da audiência foi bastante positivo, uma vez que o ministro assumiu seu posicionamento favorável à reivindicação dos servidores e autorizou a divulgação de seu apoio. Desde 2003 estamos questionando essa lacuna que existe pelo fato de o Judiciário Federal não ter a sua própria polícia administrativa. E o reconhecimento dessa necessidade por parte do ministro da Justiça reforça a nossa luta, avalia Cláudio.
Deslocamento das VTs
Antes dos dirigentes sindicais pautarem o debate sobre o recesso e a PEC 358, eles trataram da proposta do TRT da 4ª Região de deslocamento de varas trabalhistas no Rio Grande do Sul. Foi entregue ao ministro um dossiê, elaborado pelo Sintrajufe/RS, com documentos e outros textos que trazem um histórico sobre o assunto desde que o TRT anunciou a proposta.
O ministro ouviu dos dirigentes sindicais um resumo da luta contra o deslocamento e pela ampliação da Justiça do Trabalho no estado. Os dirigentes lembraram que participaram das audiências públicas realizadas pelo tribunal no interior, nas quais as comunidades envolvidas manifestaram contrariedade à proposta. Eles falaram sobre o ato público que será realizado na sexta-feira [14], como parte das atividades do Dia Nacional de Lutas, para o qual estão convidadas entidades como Amatra IV e OAB, que têm posição contrária ao deslocamento.
Tarso Genro disse que o Ministério da Justiça está finalizando um documento, que deve ficar pronto nos próximos dias. No material, que será entregue ao TST e ao TRT, é expressa a defesa da ampliação do acesso à Justiça, que é a posição defendida pelo Sintrajufe e por outras entidades e instituições. O ministro ressaltou, no entanto, que o encaminhamento para criação de novas varas é competência do Judiciário. Essa posição, aliás, havia sido explicitada pelo secretário nacional da Reforma do Judiciário, Rogério Favreto, no dia 31 de julho, que representou o ministro na audiência pública realizada pela seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul sobre o deslocamento de varas trabalhistas.
Da Fenajufe, com informações do Sintrajufe/RS
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