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Reajuste

22 de novembro de 1999 / Ver outras notícias: Ver todas

O governo só poderá cortar R$ 6 bilhões nas despesas com a folha de pagamentos dos servidores neste ano, caso adie os reajustes prometidos. A Folha apurou que, dos R$ 23 bilhões de crescimento nesses gastos, só 26% correspondem a reajustes que ainda não entraram em vigor e, portanto, poderiam ficar para depois.

Os outros R$ 17 bilhões representam aumentos que já foram incorporados ao contracheque dos servidores federais e vão impactar o caixa do governo ao longo do ano. A despesa com os 2,1 milhões de funcionários é estimada em R$ 157,019 bilhões em 2009.

O adiamento nos reajustes é uma das medidas que a equipe econômica levou ao presidente Lula para equilibrar o Orçamento de 2009 sem precisar aumentar os cortes de R$ 25 bilhões já anunciados.

A decisão sobre adiar os aumentos foi postergada, mas a proposta voltará a ser analisada em maio, quando o governo será obrigado a reestimar receitas e despesas. O pagamento, de acordo com o cronograma acertado entre o governo e os sindicatos de servidores, começará a ser feito em julho.

As carreiras que podem ser afetadas por eventuais adiamentos são justamente as mais organizadas do funcionalismo público (Banco Central, Receita, Tesouro, entre outros). Isso aumentará o desgaste político do governo com a decisão. Também há o temor de disputas jurídicas, já que os reajustes estão previstos em lei.

Fonte: Folha de São Paulo


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