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Movimentos sociais

12 de novembro de 2008 / Ver outras notícias: Ver todas

Ministros do governo federal receberam na tarde desta quarta-feira [26], em Brasília, representantes dos mais diversos segmentos da sociedade civil para o ‘Encontro com Movimentos Sociais’. Durante o evento, o presidente da Central Única dos Trabalhadores [CUT], Artur Henrique ressaltou a necessidade da redução dos juros e o fim do superávit primário. ‘Nós não estamos propondo irresponsabilidade fiscal, não estamos propondo gastança’, disse o sindicalista, explicando que a proposta é de que os recursos do superávit sejam destinados a investimentos em programas sociais e no Programa de Aceleração do Crescimento [PAC].
Os coordenadores da Fenajufe Ramiro López, Roberto Policarpo e Jacqueline Albuquerque estiveram no início da reunião, mas não puderam ficar devido à reunião do GT de Carreira que acontece desde ontem [26], na sede da Fenajufe.
Segundo matéria publicada no portal da Confederação Nacional dos lúrgicos [CNM/CUT], outras reivindicações apresentadas durante o encontro foram a retirada das forças estrangeiras do Haiti, o cancelamento dos leilões de exploração do petróleo, a redução da jornada de trabalho e uma auditoria integral da dívida pública.
Também foi solicitado ao governo que os bancos públicos não sejam utilizados para socorrer empresas privadas, especialmente bancos, e que as empresas garantam a manutenção dos empregos. ‘Nós não podemos utilizar dinheiro público para bancos ou empresas que vão demitir trabalhadores’, ressaltou Artur Henrique.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega; o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci; e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apresentaram as medidas tomadas para combater a crise internacional e um balanço das políticas sociais do governo federal.
Esperado até o final do evento, o presidente Lula não compareceu, devido à viagem que fez a Santa Catarina para acompanhar a situação das cidades afetadas pela chuva no estado.
Na audiência, as lideranças sindicais e sociais entregaram aos ministros uma carta, assinada por várias organizações, como a CUT, MST, UNE, Via Campesina, Comissão Pastoral da Terra, Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação, Grito dos Excluídos, Conselho Indigenista Missionário, entre outros.
Na carta, antes de apresentar concretamente as reivindicações, as organizações sociais afirmam que “já estamos cansados de tanta dominação capitalista, e agora assistimos às crises financeiras e à ofensiva dos interesses do império que controla as riquezas naturais, minerais, a água, as sementes, o petróleo, a energia e o resultado de nosso trabalho”.
Especificamente em relação à crise, que é a maior preocupação no momento das entidades que defendem os interesses dos trabalhadores, a carta entregue ontem aos representantes do governo ressalta que “a atual crise econômica e financeira é de responsabilidade dos países centrais e dos organismos dirigidos por eles, como a OMC, o Banco Mundial e o FMI. Defendemos uma nova ordem internacional, que respeite a soberania dos povos e nações.
A carta reivindica, ainda, que o governo federal não use dinheiro público para subsidiar e ajudar a salvar os bancos e empresas especuladoras, “que sempre ganharam muito dinheiro e agora, na crise querem transferir seu ônus para toda sociedade”. “Quem sempre defendeu o mercado como seu ‘deus-regulador’, agora que assuma as conseqüências dele. Nesse sentido os bancos públicos [BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil] deveriam estar orientados não para socorrer o grande capital e sim para o benefício de todos os povos”, afirmam enfaticamente os movimentos sociais.
Fonte: Fenajufe


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