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Na noite da terça-feira [30/03], durante a plenária final do 7º Congrejufe, em Fortaleza, os delegados e observadores debateram vários temas relacionados à organização sindical da Fenajufe e dos sindicatos filiados. Entre as resoluções aprovadas que merece destaque está a que reafirma a posição da Federação contrária à cobrança do imposto sindical [contribuição sindical compulsória]. A resolução, aprovada por quase unanimidade, com apenas três abstenções, repudia também a decisão do Conselho da Justiça Federal que, em dezembro do ano passado, aprovou o desconto do imposto no salário dos servidores vinculados ao TRF da 1ª Região.
Em resposta a um pedido apresentado pela CSPB [Confederação dos Servidores Públicos do Brasil], a decisão do Conselho acabou se estendendo às demais regiões da Justiça Federal e, por isso, os TRFs já estão se posicionando pelo desconto da cobrança referente a remuneração de um dia de trabalho.
A resolução do 7º Congrejufe afirma que a Fenajufe sempre defendeu que os servidores devem escolher a forma de contribuição para sua entidade sindical e que não podem admitir esta ingerência do governo no movimento sindical. É um ataque à livre organização dos trabalhadores. O texto, fruto dos debates realizados nos grupos de trabalho na segunda-feira [29], ressalta ainda que a CSPB, ao provocar o Conselho e os outros órgãos do Judiciário Federal e do MPU, desrespeita a Fenajufe e os sindicatos, interferindo na organização sindical da categoria. As entidades filiadas e suas bases não possuem nenhuma relação com esta Confederação e não admitem este desrespeito à base, nem esta mercantilização na busca dos recursos do imposto sindical patrocinado por esta entidade.
Os delegados do 7º Congrejufe, ao aprovarem a resolução, decidiram: repudiar a decisão do CJF que garante o desconto do imposto sindical dos servidores da Justiça Federal; ratificar a nota da Diretoria da Fenajufe que repudia a atitude da CSPB, denunciando a postura oportunista e mercantilista da entidade; e buscar, via Fenajufe e entidades filiadas, todas as formas de evitar este desconto por parte dos tribunais.
Para o coordenador da Fenajufe, Saulo Arcangeli, a posição do 7º Congrejufe, de rechaçar o imposto sindical e denunciar a postura mercantilista da CSPB, foi muito importante. Fizemos com que a Fenajufe mantivesse a sua posição contrária ao imposto sindical e denunciamos a postura de entidades que não tem nenhum compromisso com os servidores, mas esta luta tem que continuar para afastar de vez esta cobrança dos servidores públicos, concluiu.
Da Fenajufe Leonor Costa
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