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Estudos

31 de julho de 2001 / Ver outras notícias: Ver todas

O Sindicato dos Trabalhadores do Judicário Federal no RS (Sintrajufe) desenvolve pesquisas e ações visando à melhoria nas condições dos servidores. Neste ano, foi finalizada pesquisa desenvolvida juntamente com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sobre as condições de saúde dos oficiais de justiça da Central de Mandados da Justiça Federal de Porto Alegre. A coordenação foi dos médicos do trabalho que assessoram o Sintrajufe, Rogério Dornelles e Geraldo de Azevedo, do coordenador do Centro de Documentação, Pesquisa e Formação com Saúde e Trabalho (Cedop) da Faculdade de Medicina da Ufrgs e do Laboratório de Psicodinamica do Trabalho, professor e médico do trabalho Álvaro Merlo, pela psicóloga e mestre em Psicologia Social e Institucional Carla Garcia Bottega, e estudante de psicologia e bolsista do CNPq Laís Trentini.
Os resultados mostram um alto grau de adoecimento entre os pesquisados. Entre os principais problemas detectados, estão o volume de mandados recebidos aliado à exigência de cumprimento de metas, sem levar em consideração as particularidades do trabalho dos oficiais de justiça.

Rogério Dornelles ressalta que um dos elementos utilizados para o levantamento foi o teste SRQ-20 (Self Report Questionnaire), o qual indicou um elevado percentual de sofrimento e de adoecimento (50,7%) entre o público de 71 oficiais de justiça que participou da pesquisa, alertando acerca da gravidade da situação desses profissionais. A rotina dos oficiais de justiça inclui desocupações, despejos, penhoras, mandados em presídios e locais pouco urbanizados. Eles estão, diariamente, expostos à violência. Dos pesquisados, 81,7% sentiram-se ameaçados no exercício da função; 65,7% sofreram acidente ou agressão no exercício da função; 63,8% tiveram bem particular danificado; 38,8% tiveram algum tipo de bem roubado; e 18,7% sofreram violência física durante o trabalho.

A pesquisa foi iniciada em setembro de 2009; na época, havia 78 oficiais na Central e agora o quadro em Porto Alegre é de apenas 69 oficiais. O trabalho, ao contrário, aumenta. O processo criou uma grande demanda, todavia ela não aparece, pois o sistema não gera relatórios para a quantificação do trabalho. A pesquisa aponta um quadro aquém do necessário para a manutenção da qualidade do trabalho; porém, não há perspectiva de novas nomeações de oficiais de justiça.

A pesquisa pode ser vista com detalhes neste endereço: http://sintrajufe.tempsite.ws/novo/noticias/anexos/pesquisa%20de%20saúde2010.pdf


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