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O país tem que poupar mais para investir mais, disse hoje (18) o ex-presidente do Banco Central, o economista Affonso Celso Pastore, durante palestra no Fórum Nacional. Segundo ele, a poupança total, incluindo as economias feitas pelo governo e pelas famílias, não pode sofrer restrições para não comprometer um crescimento maior do país.
Você precisa investir mais para crescer mais e para investir mais tem que poupar mais. Quando o Brasil estimula o investimento, estimula também o consumo, do governo e das famílias. Quando você estimula o investimento, estimulando também o consumo, você produz uma contração de poupança. Esse é o fato que a gente vive, disse Pastore, que definiu o atual crescimento brasileiro como cíclico e não sustentável.
O economista Raul Velloso analisou a questão do crescimento com um olhar para os problemas dos gastos previdenciários. Segundo ele, o envelhecimento populacional crescente vai onerar, futuramente, os custos com a saúde, a Previdência e com as políticas assistenciais. Para Velloso, isso pode comprometer as altas taxas de investimento que o Brasil deve manter para sustentar seu crescimento. Ele defendeu a redução de gastos governamentais como uma das soluções para garantir os investimentos.
O ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, disse, por sua vez, que o governo já reduziu bastante as despesas de custeio, mas que é difícil pensar em novos cortes quando o país vive um momento de expansão dos investimentos. Neste momento podemos estudar novas medidas de corte. Mas no momento em que o Brasil tem grande expansão de investimento, inclusive investimento público em infraestrutura, que é urgente principalmente para redução de custos de logística, é difícil imaginar novos cortes, afirmou.
Fonte: Agência Brasil
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