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O movimento sindical deve alterar a sua pauta de reivindicações em 2009 para ajustar-se ao período de crise. De acordo com o senador Paulo Paim (PT/RS), a luta sindical deve se ampliar no próximo ano e a pauta de reivindicações deverá concentrar-se em temas específicos como benefícios para aposentados, redução da jornada de trabalho e aumento do prazo do seguro-desemprego dos seis meses atuais para um ano.
O Ministério do Trabalho considera positiva a extensão do seguro-desemprego, mas defende um prazo menor. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, considera que sete meses seriam um período aceitável, se o desemprego se agravar.
Para Artur Silva, presidente da CUT, a manutenção do emprego e da renda será um item prioritário da pauta de reivindicações no próximo ano. Os sindicalistas devem pressionar o Governo Federal para que os investimentos públicos sejam mantidos.
As centrais deverão permanecer atentas também à tramitação de medidas que possam afetar o trabalhador. Na avaliação de Silva, o ambiente de crise favorece a aceleração da tramitação de projetos que tratem de flexibilização’ dos direitos trabalhistas e ampliação da terceirização.
Analistas acreditam que, em 2009, o desemprego tende a aumentar e sair da média anual de 7,9% e saltar para 8,5%. O emprego formal sentirá o maior impacto. Após o recorde de 1,8 milhão de empregos com carteira assinada de 2008, o Brasil deve encerrar 2009 com saldo de 1 milhão de postos formais.
Fonte: Gazeta Mercantil
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