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Aposentadoria

30 de agosto de 2009 / Ver outras notícias: Ver todas

As negociações das centrais sindicais com o Governo evoluem para aumento real nos próximos dois anos, recuperação do poder de compra e fim do fator previdenciário, de acordo com avaliação da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

A reunião prossegui, nesta terça-feira (25), a partir das 18h. Houve avanços, na avaliação de Artur Henrique presidente nacional da CUT, presente à reunião de ontem, que durou mais de cinco horas.

De acordo com Henrique, o Governo se comprometeu a orientar a base aliada e as lideranças partidárias no Congresso Nacional para aprovar com rapidez a lei que estabelece a política de valorização do salário mínimo.

A aprovação é considerada fundamental para dar continuidade aos reajustes reais que estão beneficiando mais de 18 milhões de aposentados e pensionistas que recebem até um mínimo. Esse contingente representa 70% dos aposentados no país.

Ainda de acordo com o presidente da CUT, outro avanço foi o compromisso de que haverá aumento real em 2010 e 2011 para as aposentadorias acima de um salário mínimo. Também será montada uma comissão para elaborar um projeto de valorização permanente dessas aposentadorias.

“O Governo pretendia oferecer um abono para 2010, o que era muito pouco. Queremos garantir aumento real para os dois anos seguintes e também para os próximos, independentemente dos resultados da eleição no ano que vem”, disse Artur Henrique.

O Governo federal também concordou em acabar com o fator previdenciário, reivindicação de todas as centrais. Mas apresenta como alternativa o fator 85/95, que é considerado insuficiente pelas entidades.

“Como a maioria do povo começa a trabalhar muito cedo, muitas vezes fica na informalidade e ainda sofre com a alta rotatividade do mercado de trabalho, é muito difícil comprovar o tempo de contribuição”, explica Quintino Severo.

Pela regra do fator 85/95, o segurado teria direito ao benefício integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição fosse 95, para homem, ou 85, para mulher.

Para superar esse impasse, todas as centrais então defendem três mudanças importantes. A primeira é de que o tempo em que o trabalhador ou a trabalhadora receber seguro-desemprego, ao longo de sua carreira, seja contado como contribuição.

Outro ponto cobrado pelas centrais é que os trabalhadores passem a ter garantia de emprego quando estiverem a 36 meses de se aposentar, também como forma de superar as deficiências do fator 85/95.

Por fim, que a tábua de expectativa de vida, que faz com que a idade mínima exigida para as aposentadorias aumente à medida em que aumenta a média de vida da população, seja congelada.

A CUT também insistiu na mudança do cálculo das novas aposentadorias, de forma a garantir que sejam estabelecidas com base na média das 60% maiores contribuições, o que eliminaria do cálculo 40% das menores – aumentando assim o valor recebido pelos aposentados.

O relator dos projetos em tramitação na Câmara, deputado Pepe Vargas (PT/RS) admitiu na reunião aplicar a média das 70% maiores contribuições (a proposta original do Governo é 80%, o que eliminaria apenas a média das 20% menores contribuições). Estes pontos voltaram a ser debatidos na terça-feira à noite, segundo a CUT. (Fonte: Brasília Confidencial)


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