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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá negar o pedido do Poder Judiciário para reajustar em 56% o funcionalismo público dos setores que estão sofrendo mais com a sobrevalorização do real em relação ao dólar. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, essa e outras medidas tidas como impopulares deverão ser realizadas para evitar que a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) tenha que tomá-las.
Sobre o reajuste do funcionalismo, há inclusive um projeto tramitando no Congresso. O atual presidente pode assumir o desgaste de bancar um reajuste menor, concedendo a inflação no período.
Os cálculos já foram realizados pela equipe econômica. De acordo com os dados, o reajuste de 56% teria um impacto extra de R$ 7,2 bilhões ao ano na folha de pagamento do Judiciário e de R$ 800 milhões na do Ministério Público. É a área fiscal que concentra as medidas que vem sendo analisadas. Dilma espera criar condições para que os juros básicos possam incidir de forma mais consistente durante sua gestão.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, uma dessas medidas é reduzir a política de reajuste salarial para o funcionalismo público. Outro passo seria negociar com o Congresso um Orçamento mais draconiano para 2011.
Criticado por ter estimulado gastos públicos em seus mandatos, Lula se despediria com medidas de austeridade, o que angariaria simpatia de setores conservadores, como o empresariado e o mercado financeiro, informa a reportagem.
Os programas sociais e as obras do PAC, contudo, não deixarão de receber verbas. Aos poucos, investimentos em saúde, educação e segurança aumentarão.
Fonte: Conjur
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