- INSTITUCIONAL
- COMUNICAÇÃO
- GESTÃO
- TRANSPARÊNCIA
- JURÍDICO
- CARREIRA
Foi com auditório lotado e ao som do Coral Arte em Canto, do SITRAEMG, interpretando músicas de compositores mineiros, que se realizou a abertura do 8º Congrejufe – Congresso da Fenajufe, na cidade de Caeté,em Minas Gerais, entre 26 e 30 de abril. Realizado a cada três anos, o evento terá debates sobre as lutas da categoria e elegerá a nova direção da Federação. Nesta edição, em especial, também se deu a comemoração dos 20 anos da Fenajufe.
A mesa de abertura, formada pelos coordenadores gerais da Federação Saulo Arcangeli, Ramiro López e José Oliveira; a coordenadora-geral do SITRAEMG, sindicato anfitrião do evento, Lúcia Maria Bernardes de Freitas; Paulo Barela, pela CSP Conlutas; Jacqueline Albuquerque, pela CUT; Raul Vazquez e Oscar Ibañez, respectivamente da Associação dos Funcionários do Judiciário do Uruguai (AFJU) e da Federação dos Judiciários da Argentina (FJA); e o deputado federal Roberto Policarpo (PT-DF), saudaram os participantes e elogiaram a hospitalidade dos mineiros.
Em sua saudação aos participantes, Lúcia Bernardes disse que, quaisquer que fossem as motivações dos participantes para estarem ali, elas deveriam levar a um grande ganho ao final das discussões. A simples presença de todos [aqui] já pode ser entendida como o desejo de discutir uma justiça melhor para todos, avaliou. A sindicalista mineira, que já foi da diretoria da Fenajufe, também chamou a atenção a respeito da eleição da nova direção, um dos momentos mais aguardados (e disputados) da programação: não podemos deixar o amor ao poder de alguns suplantar o amor ao ideal. Estar na direção não é questão de status, é questão de dedicação, de renúncia e disposição para mobilizar toda a categoria.
Crise do capitalismo
Para Paulo Barela, o Congresso se dá em um momento importante da luta de classes, dada a crise expressiva do capitalismo no mundo todo. Enumerando as últimas lutas e greves no Brasil, Barela criticou o governo federal ao compará-lo com o governo de Fernando Henrique Cardoso, auge das privatizações e da retirada de direitos dos trabalhadores, e aproveitou para conclamar os servidores públicos federais a unirem forças com outras categorias, como professores, metalúrgicos, bancários e operários somos uma única classe, enfatizou. O aprofundamento da crise do capital e a retirada de direitos dos trabalhadores também foram citados pela coordenadora da Fenajufe, na ocasião representando a CUT, Jacqueline Albuquerque. Estamos aqui discutindo e precisamos buscar uma unidade pelos trabalhadores, disse.
Luta também enfrentam os colegas do Judiciário uruguaio e argentino. Raul Vazquez, da AFJU, ressaltou o papel do Judiciário como um transformador da sociedade, mas lembrou que, para mudar a sociedade, primeiro é preciso mudar a si mesmo. Já Oscar Ibañez, da FJA, criticou as tentativas do governo argentino de tirar a independência do Judiciário e disse que esta, junto à busca por melhores salários, é uma das lutas dos servidores em seu país.
Assim como Lúcia Bernardes, Roberto Policarpo, deputado federal pelo PT-DF, também já foi dirigente da federação. Ao se dirigir aos presentes, Policarpo apontou um conflito de gerações entre os servidores, para além dos embates entre as diferentes correntes políticas, e pediu paciência de todos para enfrentarem isso e buscarem objetivos comuns para toda a categoria. O deputado também exaltou todos os dirigentes sindicais presentes, dada a proximidade do 1º de Maio Dia do Trabalhador, pois não é fácil empreender todas as lutas necessárias aos trabalhadores.
Categoria precisa sair fortalecida
Os coordenadores gerais da Fenajufe encerraram a abertura pedindo aos participantes que enfrentem suas diferenças para fazer um debate democrático, do qual a categoria saia fortalecida. Já fizemos seis grandes greves nos últimos anos e a última [em 2012] teve especial importância pela unidade com outros servidores públicos, lembrou José Oliveira. Vamos aplaudir e vaiar, mas ao fim temos que sair daqui com a federação fortalecida, acrescentou Ramiro López.
Na visão de Saulo Arcangeli, o debate pode ser duro, mas precisa ser sério, pois precisamos sair daqui armados contra as políticas de retirada de direitos do governo. O dirigente também ressaltou o momento de necessidade de resistência da classe trabalhadora contra os ataques do governo federal e disse que, apesar do reajuste considerado pequeno, os servidores do Judiciário fizeram uma grande luta durante três anos. Esse congresso tem que ratificar a unidade, porque, se não fosse a greve, o reajuste teria sido zero, apontou o sindicalista.
Após a abertura, os participantes assistiram à comemoração dos 20 anos da Fenajufe e, logo depois, à palestra de Frei Betto, sobre conjuntura.
Por Janaina Rochido
This is just a simple notice. Everything is in order and this is a simple link.