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Federação empregou o recurso para promover debates de interesse da categoria; pela primeira vez temas da diversidade ganharam destaque na pauta do PJU
2021 herdou dificuldades e perdas de 2020 nos obrigando a mudar o viés da caminhada e os rumos da luta. Após um ano da pandemia de um vírus letal que parecia ter vindo com o intuito de nos calar, as lives foram mecanismos usados para manter o diálogo e compromisso de luta com a categoria.
Além de temas como a defesa e valorização do funcionalismo público, da Justiça do Trabalho e das carreiras do PJU, neste ano a temática da diversidade ganhou destaque nas lives promovidas pela Federação.
A necessidade do debate se tornou urgente diante cenário de desigualdades de gênero e raça aprofundadas neste governo. Declarações misóginas, racistas e homofóbicas impressas pelo presidente Bolsonaro favoreceram o aumento nos casos de violência, feminicídio, injúria racial e racismo, da miséria e da fome no País.
Desde seu último Congresso (XXCongrejufe) a Fenajufe inclui em suas pautas temas como raça, gênero , inclusão social e diversidade sexual no Judiciário e que neste ano (2021) permearam as discussões das lives.
Como entidade de classe a Federação busca ampliar os debates sociais e humanitários para o seio da categoria para que tenhamos todos e todas uma sociedade justa e igualitária. Os debates virtuais ocorreram quase semanalmente ao longo do ano e foram responsáveis por trazer visibilidade à temas antes, poucos ou quase nunca discutidos na base.
A iniciativa da promoção dos debates com a temática da diversidade foi idealizada pela coordenação de comunicação e abraçada por toda diretoria executiva começou no mês de março. Foram vários temas abordados que de certa forma, “mexeu” e acolheu muitas servidoras e servidores com o debate diverso e inclusivo.
Com agenda corrida do ano diante luta intensiva contra a reforma administrativa (PEC 32), não foi possível abordar temas de segmentos tão importantes como pessoas com deficiência ( PCDs), reforçar o debate de mulheres pretas e homens pretos que encabeçam a lista das desigualdades seja no mundo do trabalho, nos espaços públicos e o ranking das violências.
A realidade do segmento LGBTQIA+ no enfrentamento ao aumento do preconceito e discriminação pós discurso de ódio escancarado de seguidores governistas. Só o debate de igualdade e visibilidade para acabar com as injustiças.
Em 2022, a Federação abraça o compromisso de continuar na luta contra as discriminações para garantir respeito e justiça igualitária para todas e todos. Só assim venceremos o viés inconsciente que enfraquece nossa sociedade.
Retrospectiva por data
Março
11- “Os impactos da Reforma administrativa na vida das mulheres” -O tema abriu o ciclo de debates focados no universo feminino. Caso seja aprovada a PEC 32, vai afetar sobremaneira a vidas das mulheres. Com a deputada federal pelo PT/DF Erika Kokay em terceiro mandato. A deputada está entre os parlamentares mais atuantes e produtivos do Brasil. Valdete Souto Severo juíza do trabalho do TRT4, Presidenta da AJD Associação Juízes para a Democracia. A coordenadora Juscileide Rondon fez mediação.
18- “Racismo Estrutural e branquitude no PJU” – A jornalista Kelly Quirino, Mestre e Doutora em Comunicação, professora universitária e pesquisadora em Relações Raciais, Gênero. Eliseu Amaro Pesquisador das questões interraciais e professor efetivo na Secretaria de Educação do Distrito Federal) pós-graduado História e Cultura Afro-brasileira e Africana abrilhantaram a live sobre o racismo estrutural.
25 – “Maternidade e Trabalho em Tempos de Pandemia” – A falta da divisão de tarefas domésticas contribuiu para a manifestação de doenças em mulheres. O debate foi com a defensora pública Rosana Leite Antunes. Coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública -NUDEM/MT e Ingrid Assis: Mãe de três filhos, Professora da rede pública de Santa Catarina, dirigente sindical da Central Sindical e Popular – CSP- Conlutas
Abril
5- “Dia Mundial de Conscientização sobre Autismo”. Live especial conversou com a psicóloga e Professora de Educação Socioemocional, Luana Dias Barreiro – e Vinicius Henrique Europeu Barbosa estudante de direito autista de 17 anos, residente em Brasília. A mediação foi com Isaac Lima, coordenador de comunicação.
08 – “A Situação do Brasil e a Luta das Mulheres” ocorrida em abril o tema encerrou atividades propostas para o mês das mulheres. As coordenadoras Elcimara Sousa e Juscileide Rondon conversaram com as convidadas Juliana Melim, professora de Serviço Social da Universidade Federal do Espírito Santo-UFES e militante do Movimento Mulheres em Luta- MML e Marilane Teixeira, economista, doutora e pesquisadora na área de relações de trabalho e gênero, do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho da UNICAMP sobre o tema.
Maio
06 – Com o tema “Capitalismo e Patologias do Trabalho” O período pandêmico acentuou antigas e trouxe novas patologias para o mundo do trabalho. Para discutir essas questões a Federação convidou Ana Magnólia Mendes, pesquisadora sobre Saúde, Sofrimento e Adoecimento pelo Trabalho no PJU e professora universitária. Os coordenadores Edson Borowiski e Fabiano dos Santos mediaram o debate.
Setembro
10 –"Trabalho presencial: Conheça os protocolos para o retorno seguro”
os coordenadores Fernando Freitas e Lucena Pacheco convidaram Eunice Barbosa, servidora da Justiça Federal e diretora presidenta do (Sisejufe), para alertar sobre o cumprimento dos tribunais aos protocolos de segurança para retorno ao trabalho presencial.
Outubro
14- “Outubro rosa: Muito além de uma cor”. Pelo segundo ano tema é discutido em live da Fenajufe. Incentivo à prevenção como único meio seguro de cura.
Convidadas. Dra. Elisa Cançado, especialista, Centro de Cancer de Brasília – e Ana Nayara Malavolta servidora do TRT-4 e diretora do Sintrajufe/RS e paciente em tratamento. Coordenadora Juscileide Rondon e Lucena Pacheco.
Novembro três grandes debates encerraram o ciclo de lives em 2021.
11- “Saúde também é coisa de homem “. Pela primeira vez, Federação abordou o câncer de próstata. Envolta em preconceito a doença mata um homem a cada 38 minutos no Brasil. O convidado: Dr.Paulo Bergerot- Médico oncologista, diretor científico do Instituto UNITY de Ensino e Pesquisa, – Califórnia – (EUA) com mediação do coordenador Luiz Cláudio Correa.
20 – “A luta contra o Racismo e o Governo Bolsonaro” – Tema abordado pelo Dia da Consciência Negra. As convidadas Luciana Araújo Claudicéa Durans,Rosana Fernandes são militantes, pesquisadoras com grande conhecimento da luta e resistência do povo negro. A coordenadora Elcimara Sousa e o coordenador Luiz Cláudio Correa, que se autodeclaram negros conduziram a live.
25 – “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres”. As coordenadoras Elcimara Souza, Juscileide Rondon e Lucena Pacheco convidaram mulheres dirigentes dos sindicatos filiados para numa roda de conversa sobre o tema. Ao todo 12 mulheres participaram.
Ainda no “Mês da Consciência Negra”, a Federação produziu vídeos de dirigentes sindicais pretos e pretas com mensagens sobre a relevância desta data. A sociedade brasileira precisa desconstruir esse sentimento de ódio e intolerância com as diferenças e buscar relação de igualdade entre as raças e classes sociais.
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