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Tudo pronto para o dia 30 de março

26 de março de 2009 / Ver outras notícias: Ver todas

A direção nacional das centrais sindicais e dos movimentos populares se reuniram nesta sexta-feira (27), em São Paulo, para definir os últimos preparativos para o ato unificado contra a crise e as demissões, convocado para a próxima segunda-feira, 30 de março. No encontro, as entidades destacaram a receptividade da convocatória, que sublinha a necessidade da redução dos juros para fortalecer os investimentos públicos e impulsionar o desenvolvimento do mercado interno, com geração de emprego e renda.

“Está claro que o modelo de Estado mínimo, de privatização e desregulação de mercados ditado pela globalização neoliberal faliu. Agora, os responsáveis pela crise, os que lucraram com a especulação, querem que o Estado os socorra, buscam dinheiro público para seus bancos e empresas.  Nossa manifestação unitária aponta para alternativas a essa lógica excludente. Temos uma pauta imensa contra a crise, mas que se resume na palavra de ordem: defesa do emprego e redução dos juros”, sintetizou Antonio Carlos Spis, membro da executiva nacional da CUT e da Coordenação dos Movimentos Sociais.

De acordo com o secretário geral da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, “o retrato do tamanho da crise pode ser visto pela amplitude de movimentos que convocam o dia 30, com um compromisso comum com a realização de uma grande mobilização pelo desenvolvimento”. No caso de São Paulo, sublinhou Adi, “além de irmos à frente do Banco Central protestar contra os juros altos, vamos chamar a atenção do governo do Estado, que pouco tem feito contra a crise, enquanto o consumo se reduz, diminuindo o emprego e aumentando a violência. Esse ciclo vicioso precisa ser interrompido e, para isso, é preciso debater o modelo que queremos para o Estado”.

Representando a direção nacional do MST, João Paulo Rodrigues manifestou-se “animado com a disposição das entidades de batalharem pela construção de um novo projeto e de continuar em estado de luta para que os trabalhadores do campo e da cidade não paguem a conta da crise”. João Paulo defendeu uma campanha nacional pela reestatização da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), lembrando que a empresa privatizada, turbinada com recursos públicos do BNDES, mandou embora recentemente 4.270 trabalhadores.

A dirigente da Marcha Mundial de Mulheres, Sonia Coelho, defendeu a aceleração da reforma agrária e dos investimentos na agricultura familiar para garantir a soberania alimentar do povo brasileiro. Soninha também lembrou que “o 30 de março é dia de luta pela terra na Palestina” e manifestou o compromisso e a solidariedade das mulheres contra a política de terrorismo de Estado aplicada pelo governo de Israel contra os palestinos.
Em nome da Conlutas, Zé Maria de Almeida ressaltou que “será uma grande manifestação não só pelo tamanho, mas pelo aspecto político, de combate às demissões”. Ele informou que a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) está trabalhando um Projeto de Lei para impedir as demissões em massa e que é necessário que o movimento pressione unido para pedir urgência constitucional à tramitação do pedido, já que com esta característica o PL teria 45 dias para ser votado pelo Congresso Nacional ou trancaria a pauta.
O vice-presidente nacional da CTB, Nivaldo Santana, avaliou como estratégica a unidade dos movimentos sociais e populares, “para que os banqueiros e grandes capitalistas não joguem o peso da crise que causaram nas costas dos trabalhadores”. “Nossa luta é contra o desemprego, o arrocho e a retirada de direitos. Nossa agenda é a afirmação do projeto de desenvolvimento, com valorização do trabalho. Não podemos aceitar que se garantam facilidades fiscais e creditícias às empresas, sem garantir emprego aos trabalhadores, sem contrapartidas nos investimentos públicos”, disse.

O secretário geral da UGT, Canindé Pegado, lembrou que a data foi apontada pela Cumbre Sindical Latino-Americana, realizada em Salvador, e posteriormente acordada com as centrais sindicais internacionais no Fórum Social Mundial, em Belém. Ele falou sobre o acerto da convocatória e sublinhou: “Os trabalhadores não pagarão pela crise!”.

Representando a Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), a presidente da Federação das Mulheres Paulistas, Lidia Correa, enfatizou que “a principal arma para enfrentar a crise é a unidade, pois é ela que abre caminho para a vitória. Reduzir os juros significa mais produção, reduzir a jornada significa mais emprego, aumentar os salários significa mais desenvolvimento, controlar a remessa de lucros para as multinacionais significa mais investimento no mercado interno”.

Pedro Paulo, da coordenação da Intersindical, saudou o processo de construção unitária da mobilização, frisando que “o que está em crise é o capital e os trabalhadores estão em luta pela construção de um novo modelo”.

Servidores públicos participam dessa luta

Nesta quinta-feira (26), às 15h, a Cnesf (Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Federais) promoveu uma reunião ampliada, na sede da Condsef, em Brasília. No encontro, as entidades nacionais fizeram uma avaliação do Ato em Defesa dos Aposentados e da Paridade e também do Ato de Lançamento da Campanha Salarial de 2009, realizados na semana passada (17 e 18/03).

A reunião ampliada da Cnesf também discutiu a preparação do Dia Nacional de Lutas contra o desemprego e pela estabilidade, que será realizado na próxima segunda-feira, 30 de março, em todo o país. As entidades dos servidores federais pretendem mobilizar o maior número possível de trabalhadores do setor público para, junto com os da iniciativa privada, mostrar para o governo, os empresários e os banqueiros que os trabalhadores não são os responsáveis pela crise financeira mundial e que, por isso, não pagarão por ela.

Ficou definido, ainda, que no dia 8 de abril, a Cnesf se reunirá para avaliar a participação dos servidores públicos federais no ato unificado do dia 30 e também os desdobramentos finais dessa manifestação.

Durante o ato de lançamento da Campanha Salarial 2009 dos servidores federais, no dia 18 de março, a coordenadora da Fenajufe Jacqueline Albuquerque afirmou que os servidores “precisam dizer ao governo e aos empresários, em alto e bom som, que os trabalhadores não vão deixar barato a pressão sofrida por causa da crise e que estarão nas ruas afirmando que não aceitarão nenhum corte no orçamento do serviço público”. De acordo com ela, o governo federal tem utilizado a crise econômica para dizer que os trabalhadores devem abrir mão de seus direitos. “E por isso, estamos aqui, o conjunto dos servidores públicos federais, para dizer que não vamos abrir mão de nossas reivindicações”, enfatizou.

A diretoria da Fenajufe apóia o Dia Nacional de Luta contra o desemprego e pela estabilidade e orienta que seus sindicatos filiados participem das atividades que serão realizados em seus Estados, em conjunto com as outras organizações sindicais e sociais que lutam em defesa dos trabalhadores. A Federação solicita que os sindicatos enviem para o e-mail imprensa@fenajufe.org.br  informações detalhadas sobre as manifestações realizadas no próximo dia 30.


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