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Desproporção

8 de setembro de 2001 / Ver outras notícias: Ver todas

Depois de dois anos com aumentos abaixo dos dois dígitos, um deles inclusive negativo, os 2,7 milhões de clientes da Companhia Energética do Ceará (Coelce) voltam a ter um reajuste de energia elétrica que vai pesar no bolso. Ontem, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajuste médio de 11,25% nas tarifas da distribuidora.

O aumento, o maior concedido às empresas do Nordeste até agora, está bem acima da inflação de 6,27%, medida pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M). O peso no orçamento das famílias poderia ser bem maior se a agência tivesse acatado o reajuste tarifário médio de 19,16% solicitado pela Coelce. Em 2008, a concessionária cearense registrou um lucro líquido de R$ 338,523 milhões, um crescimento de 38,3% em relação ao ano anterior.

A Aneel explica que o reajuste tarifário não segue necessariamente a mesma variação da inflação. As despesas com os itens da parcela A, de despesas não totalmente gerenciáveis pela concessionária, são consequência da aplicação de legislações específicas e podem sofrer variações superiores à inflação medida no período analisado (abril de 2008 a março de 2009). Mas o que mais pesou para a alta nas tarifas da Coelce foi a compra de energia produzida por termelétricas, que é mais cara que a energia das hidrelétricas. A Aneel citou ainda os custos com encargos setoriais, como por exemplo, os subsídios rurais a irrigantes e aos consumidores de baixa renda, dentre outros.

O gerente de Regulação e Mercado da Coelce, José Caminha Araripe, disse que o reajuste reflete a variação dos custos que a companhia teve nos últimos 12 meses e cujas informações foram repassadas à Aneel. Destaca, porém, que dos 11,25% que serão percebidos pelo consumidor só 2,16% correspondem a aumento de receita para a empresa. Os outros 9,10% são de encargos, aumentos de outros custos.

“O custo da compra de energia e o referente aos subsídios de tarifas concedidas para consumidores residenciais, baixa renda e rural irrigante, contribuíram juntos com 7,84%”, diz, ressaltando que o reajuste será sentido pelo consumidor proporcionalmente e totalmente a partir de maio. Quem tiver o consumo medido no dia 22 de abril, por exemplo, pagará 21 dias com o valor da tarifa antiga e nove dias com a nova.

Classes
 
Dividido por classes o aumento médio de 11,25%, que entra em vigor no próximo dia 22 de abril, será de 10,89% para o consumidor de baixa tensão (residencial urbano e rural e pequenos comércios) e de 12,11%, em média, para os de alta tensão (industrial e comercial).

A Aneel explicou que várias distribuidoras do Nordeste tiveram que recorrer, no ano passado, aos leilões de energia provenientes de térmicas.

Isto porque terminou o contrato entre essas distribuidoras e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) para a compra de energia hidrelétrica.

O diretor da Aneel Edivaldo Santana lembrou que a agência já tomou iniciativa de ampliar o fornecimento de energia hidrelétrica, com a realização, no ano passado, de leilões das hidrelétricas do Rio Madeira. Ponderou, no entanto, que essa energia só deve começar a ser distribuída em 2011.

O preço médio do megawatt de energia do Rio Madeira, estabelecido nos leilões de energia, foi de R$ 70, enquanto o megawatt de energia térmica custa cerca de R$ 140. De toda a energia distribuída pela Coelce, 41% vêm de termelétricas, sendo 30% da termétrica Fortaleza, da Endesa, que também administra a concessionária cearense. (com agências)

Fonte: Agência Brasil


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