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Pisos Salariais

23 de maio de 2009 / Ver outras notícias: Ver todas

Os pisos salariais se aproximaram do valor do salário minimo nacional, em 2008, apontou o Balanço dos Pisos Salariais, divulgado nesta sexta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa tendência, visível em todos os setores da economia, ocorre principalmente entre as categorias de remuneração mais baixa.

Segundo o técnico do Dieese Luís Ribeiro, os valores das remunerações se aproximam devido a uma “política de Estado de valorização do salário mínimo”. Desse modo, mesmo que as negociações entre sindicatos e patrões tenham conseguido incorporar ganhos acima da inflação para as categorias, os aumentos percentuais não superam os reajustes do salário mínimo.

“Pode se ter a falsa impressão de que os pisos estão perdendo valor, mas os pisos salariais têm sido reajustados muito acima da inflação”, destacou Ribeiro. O último reajuste do mínimo, de 12,1%, foi em fevereiro deste ano, quando o valor passou de R$ 415 para R$ 465. O ganho real, descontado a inflação no período, equivale a 5,8%.

Os dados do estudo indicam que 56% dos 628 pisos avaliados equivalem a, no máximo, 1,25 salário mínimo e 77% não ultrapassam o valor de um salário e meio. Apenas 2,3% dos pisos superam a quantia de dois salários e meio.

Em relação ao nível educacional, a remuneração para as profissões com exigência de nível superior é em média 2,17 vezes superior as que não necessitam dessa qualificação.

Na comparação dos tipos de atividade, o meio rural é o que apresenta a maior concentração de pisos com valores baixos: cerca de 88% dos pisos situeam-se entre um e 1,25 salário mínimo, seguido pelo comércio, com 62% das remunerações dentro dessa faixa. Na comparação geral, 56,2% das remunerações chegam ao máximo de 1,25 salário.

Pelo recorte da faixa superior a dois salários mínimos, o ramo de serviços tem o maior número de pisos, 9,3%. Na comparação de todos os setores, 5,1% dos pisos ultrapassam esse valor.

A indústria foi o setor que apresentou o maior concentração de pisos nas faixas centrais de avaliação, de 1,26 até dois salários, com 43,8% das remunerações nessa classificação, contra 38% na avaliação geral.

Fonte: Agência Brasil


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