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Durante as assembleias realizadas após os atos na quarta-feira, 23 de setembro, os sindicatos reforçaram aos servidores presentes que, no momento, a única alternativa para a categoria é a radicalização do processo de mobilização, avaliando a possibilidade de deflagrar uma greve nacional em defesa da revisão salarial e do plano de carreira. Em alguns Estados, a categoria já decidiu por uma data indicativa, caso o STF não cumpra os prazos sinalizados pelo próprio ministro Gilmar Mendes.
Em Goiás, os servidores debaterão o indicativo de greve durante assembleia geral marcada para o dia 30 de setembro, às 15h, na sede do TRT.
Estados como Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal já definiram realizar no dia 7 de outubro manifestações e assembleias para votar o indicativo de greve a partir desse dia. A data foi escolhida baseada no ofício encaminhado pelo ministro Gilmar Mendes aos demais tribunais superiores, em que afirma que neste dia haverá uma reunião entre a cúpula do Judiciário para definir o envio do projeto ao Congresso Nacional.
Em Santa Catarina, segundo informações do Sintrajusc-SC, a categoria aprovou o indicativo de paralisação para o dia 6 de outubro, por considerar que é fundamental que os sindicatos de todo o país realizarem as atividades sempre antecedendo as reuniões e decisões da cúpula do Judiciário.
Na Bahia, os servidores podem paralisar seus trabalhos a partir do dia 13 de outubro, caso o STF não encaminhe o projeto de revisão salarial para o Congresso Nacional. A diretoria do sindicato informa que os nos dias 8 e 9 de outubro realizará assembleias setoriais para discutir com os servidores a deflagração da greve.
Os outros sindicatos também promoveram manifestações em seus Estados e ressaltam que continuarão mobilizando os servidores para seguiram o calendário nacional de lutas em defesa da revisão salarial. A coordenadora Lúcia Bernardes informa que a Fenajufe já enviou ofício aos tribunais superiores com as reivindicações aprovadas na última reunião ampliada. Ela explica, ainda, que nas próximas semanas a Federação intensificará os contatos com os ministros para reivindicarem as mudanças na proposta e também o encaminhamento do projeto de lei ao Congresso Nacional. Lúcia orienta que todos os sindicatos intensifiquem as atividades com os servidores.
A Fenajufe continuará sua atuação junto à cúpula do Judiciário para que a nossa proposta seja finalizada logo, com as nossas reivindicações, aprovadas na última ampliada. Mas para isso, precisaremos do reforço da categoria em todos os Estados, que deve continuar mobilizada, mostrando aos tribunais sua disposição para lutar pela revisão salarial, como fizemos nos outros PCSs, orienta Lúcia.
Roniel Andrade, também coordenador da Fenajufe, explica que um dos problemas que mais preocupam a Federação e os sindicatos de base é a não extensão da GPT para os agentes de segurança, conforme consta da proposta apresentada pelos tribunais superiores. De acordo com ele, a Fenajufe vai continuar os trabalhos junto ao STF e aos demais tribunais para garantir avanços, como, por exemplo, a exclusão do parágrafo único do artigo 2º da proposta, além de outras reivindicações dos servidores.
Vamos lutar para que o projeto seja logo enviado ao Congresso Nacional, mas antes disso precisamos garantir várias alterações. Não podemos aceitar que um setor importante da categoria, no caso dos agentes de segurança, sofra qualquer tipo de discriminação nesse processo que culminará na revisão salarial e na elaboração do plano de carreira. Esperamos que os sindicatos continuem as atividades de mobilização com a categoria nas próximas semanas, pontua Roniel. (Da Fenajufe – Leonor Costa)
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